Governador: cadê a nossa política salarial?

O ano de 2019 marca o início do segundo mandato do governador Flávio Dino no comando do estado do Maranhão. Nos seus primeiros quatro anos de gestão política, os servidores públicos estaduais não tiveram o que comemorar, com exceção de poucas categorias mais elitizadas na máquina administrativa estadual, que receberam aumento.

No início de sua governança, há quatro anos, existia, por parte dos funcionários, uma expectativa considerada no sentido de que o governador viesse a profissionalizar o serviço público estadual, mas ficamos e continuamos aguardando até o presente momento.

É certo que ainda há funcionário se perguntando o que aconteceu. A resposta seria que o governador Flávio Dino continua acreditando, assim como outros governantes que por aqui passaram, que o maior entrave para a sua administração seja os servidores, em função do custeio com a folha de pagamento. Sendo assim, ele continua olhando os trabalhadores públicos estaduais como despesa.

Essa visão distorcida do servidor pelo governante se justifica ou tem o objetivo de não querer valorizar e reconhecer a importância do papel do funcionário no serviço público estadual. É notório que, para o governador Flávio Dino e muitos da sociedade, o servidor não gosta de trabalhar e é “marajá”.

O SINTSEP continua acreditando que a máquina administrativa estadual só funciona por causa da dedicação, compromisso e responsabilidade dos servidores, sobretudo, os mais humildes na hierarquia funcional. Porque estes percebem um salário bem menor e jamais deixaram ou deixarão de exercer, com carinho e zelo, seu compromisso com um serviço público de qualidade.

Nos primeiros quatro anos de gestão, o governador Flávio Dino congelou nosso salário, extinguiu o nosso Plano Geral de Carreiras e Cargos (PGCE) e, com ele, a impossibilidade de reabertura do prazo para adesão a essa conquista. Não criou a mesa de negociação permanente e jamais se pronunciou com relação ao concurso público geral, ainda que existam mais de 57 mil cargos vagos no serviço público do Maranhão.

Por outro lado, aumentou significativamente o número de cargos comissionados, privilegiou os seletivos em detrimento de concurso público, revigorou e fortaleceu a terceirização e os contratos nas repartições públicas do estado, bem como negociou e entregou os cargos dos seletivos e da terceirização aos políticos, que o apoiam na Assembleia Legislativa do Maranhão. Dos 19 partidos políticos que apoiaram o governador Flávio Dino em sua reeleição, cada um deles tem, no mínimo, uma secretaria de governo.

Devido a esses acordos políticos, os cargos de direção e assessoramento foram e estão sendo ocupados por cidadãos, na sua maioria e com raras exceções, sem qualificação técnica e experiência administrativa no complexo serviço público.

Como consequência desse descaso administrativo, o Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (FEPA) quebrou e os proventos de aposentados e pensionistas correm o risco de atrasar. O governador Flávio Dino quer, de qualquer forma, derrubar as ações que os servidores entraram na Justiça e foram reconhecidas no Supremo Tribunal Federal (STF), através de uma Ação Rescisória ajuizada no Tribunal de Justiça do Maranhão, sem qualquer justificativa respaldada em um fato novo como determina a lei.

Nesses quatros anos que se findaram, apenas três categorias tiveram reajuste espontâneo do governador Flávio Dino: os auditores e técnicos da Receita Estadual, os procuradores do Estado e os cargos comissionados. Os outros foram por decisão judicial ou via Piso Nacional do Magistério. Diga-se de passagem, que a categoria do magistério não foi contemplada com o total do índice estabelecido pelo Ministério da Educação.

Por mais que o governador Flávio Dino não tenha levado em consideração a proposta de reajuste nas tabelas de vencimento do PGCE, apresentada pelo Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo Estadual nos anos de 2016 e 2017, neste ano de 2019 iremos apresentar uma nova proposta de reajuste atualizada, porque temos o direito constitucional de revisão salarial ou reposição da inflação do período de 2015/2019, que, por sinal, ultrapassa os 22%.

O SINTSEP torna público o atual quadro administrativo do estado do Maranhão e conclama os trabalhadores públicos estaduais a ficarem alertas e prontos para participarem das atividades políticas, que iremos fazer em defesa da garantia e permanência dos nossos direitos.

Um forte abraço a todos!

Cleinaldo Bil Lopes

Presidente

Precisamos continuar acreditando no poder da luta!

Quero, de pronto, externar meus sinceros agradecimentos a todos os servidores e seus familiares, que votaram em mim nas Eleições de 2018. Sabemos que muitos compreenderam a importância de termos um representante de nossa categoria no Parlamento do Maranhão, com a certeza que seria bem representado. Mas, ainda não foi dessa vez.

Como defendemos um projeto político para o conjunto dos servidores, é possível termos êxito em outra oportunidade. Só depende de nós! E essa construção se concretizará através de sua participação, comprometimento e contribuição na vida política de sua categoria.

Continuo insistindo que somos uma força política poderosa e precisamos ter consciência desse fato. Se cada um de nós puder se disponibilizar e assumir o compromisso de contribuir  para a nossa causa, daremos uma demonstração de unidade, organicidade e compreensão de classe.

Quem sabe seria bem diferente se nós, trabalhadores do serviço público do Maranhão, tivéssemos mais compreensão política e chamássemos para nós a responsabilidade de escolher e lutar pela eleição de uma bancada de representantes dos funcionários públicos estaduais na Assembleia Legislativa. Uma bancada dos servidores, com força e potencial para defender e aprovar matérias de nosso interesse. A partir deste dia, seremos tratados com respeito e dignidade pelos governantes, bem como seremos valorizados.

Mas, enquanto o momento não chega, continuaremos lutando e defendendo os interesses e direitos dos servidores do serviço público estadual. Trabalhando com maturidade e responsabilidade, sem agredir ou macular a honra dos nossos governantes. Porém, com o entendimento de termos a certeza de qual é o nosso lado.

Ao longo de nossa militância na direção do SINTSEP, sempre nos posicionamos a favor dos benefícios e direitos da nossa categoria. Jamais deixamos dúvida do nosso procedimento. Sempre nos colocamos à disposição dos interesses da nossa classe.

A história do serviço público estadual está aí para registrar nosso posicionamento honesto, transparente e maduro. E nossa principal testemunha é o fato de termos orientado os servidores a aderirem ao Plano Geral de Carreiras e Cargos do Poder Executivo – PGCE.

Pena que o Governo do Estado não deu seguimento e congelou nossos salários desde 2015. E, ao que parece, teremos mais quatro anos difíceis pela frente, sem projeção de reposição salarial. Contudo, seguiremos para que o Executivo abra o diálogo e chame as entidades de classe para debater a política salarial dos servidores do Poder Executivo.

Feita essa reflexão sobre a política e o serviço público, é oportuno reafirmar que seria de grande valia termos um representante, identificado e comprometido com as nossas causas, defendendo nossos interesses na Assembleia Legislativa do Maranhão.

No mais, boas festas!

 Cleinaldo Bil Lopes

Presidente

CRUZADA: Servidores públicos rumo ao Parlamento

Companheiros e companheiras,

Neste ano de eleições gerais no Brasil temos responsabilidade cívica e moral de sermos mais participativos na vida política do país e na construção de uma sociedade melhor e com mais oportunidades para todos os cidadãos de bem, numa perspectiva e esperança de podermos contribuir fortemente na renovação do quadro político da nação brasileira.

Não podemos cruzar os braços como se nada estivesse acontecendo e sermos permissivos com a vulgaridade que se tornou a política nacional, votando em candidatos sem passado, história, ausente das lutas sociais, com um presente obscuro e tenebroso, parido de alguém ou grupo político contrário aos interesses do povo e do trabalhador humilde.

Às vezes duvidamos da nossa grandeza e importância em um cenário político nacional pelo fato de não querermos enfrentar o desafio posto na vida política do Brasil. Outras vezes somos apenas um mero expectador coadjuvante, preferindo ir à reboque dos homens do mal ou maus políticos. Há anos estamos olhando ou acompanhando a degradação política de nosso país e não reagimos para mudar esta realidade, pelo contrário, em determinado momento fazemos parte ou acompanhamos os maus políticos que destroem o sonho de milhões de brasileiro.

Somos mais de 16 milhões de servidores públicos no Brasil e, levando em consideração que podemos influenciar nossos familiares, sem mencionar amigos, em uma família de quatro eleitores, podemos alcançar um universo de votos acima de 40 milhões.

No Maranhão, só no Poder Executivo Estadual, entre ativos e inativos somam mais de 87 mil trabalhadores. Esse levantamento nos dá a certeza que, somente os funcionários públicos desse poder, elegem uma bancada de até cinco deputados estaduais alinhados com os interesses do funcionalismo público.

Esse número de deputados pode fazer a diferença na Assembleia Legislativa, defendendo as causas e anseios dos servidores públicos estaduais, tendo em vista que esses parlamentares atuarão em bloco na defesa, garantia e ampliação dos direitos e benefícios dos trabalhadores do setor público.

Diante desse cenário e possibilidade, o próximo passo é que você, servidor público, tenha compromisso e responsabilidade de renovar e garantir a eleição de representantes comprometidos com as causas e interesses da categoria.

Nesse sentido, uma parte expressiva do movimento sindical, ligada à categoria dos servidores públicos do Estado do Maranhão, apoia o nosso nome como pré-candidato a deputado estadual. Por esse motivo, a partir do dia 4 de junho, estarei me licenciando do cargo de presidente do SINTSEP.

Sabemos que essa caminhada não será fácil, mas com a sua ajuda e apoio nesse projeto, confiamos que sairemos vitoriosos. Para isso acontecer, você, servidor, precisa ser um multiplicador das nossas propostas na sua família, amigos, vizinhos e no seu local de trabalho.

Se você confia e reconhece o nosso trabalho à frente do sindicato, transforme essa credibilidade em apoio ao nosso projeto. Ninguém conseguirá derrotar aquele que você escolher para lhe representar!

Cleinaldo Bil Lopes

Presidente

Representação sindical ou representação política: possibilidades ao alcance dos servidores

Companheiros e companheiras,

É sabido que procuramos fazer nosso trabalho à frente do sindicato da melhor forma possível, com disposição, zelo, paciência, maturidade, seriedade e, sobretudo, respeito ao servidor. Sabemos que nossa representação sindical leva em consideração o anseio e a esperança para muitos pais e mães de família, que ainda acreditam na valorização do trabalhador público estadual e que o SINTSEP, por ser um instrumento de luta e defesa dos interesses dos funcionários públicos estaduais, pode e poderá construir uma rede de benefícios para a categoria, aumentando sua renda e a qualidade de vida do conjunto dos servidores.

É verdade que uma boa representação sindical contribui para o fortalecimento da classe trabalhadora, encorajando e estimulando sua categoria a sonhar com dias melhores. Sabemos também que não temos o direito de desistir dos nossos sonhos e perder a esperança. Cada vez mais tenho a certeza que somos fortes e podemos muito, verdade que se materializa quando nos unimos reivindicando nossos interesses. Quando isso acontece, nossa ação ganha visibilidade e importância, aumentando significativamente a chance de termos sucesso em nossos pleitos.

Muitos pensam que apenas a representação sindical é suficiente para garantir conquistas. Às vezes sim, quando os trabalhadores também assumem a luta. Mas, no decorrer dos anos e com mais experiência na condução do sindicato, somos obrigados a compreender que existe espaço maior e para além da representação sindical e que podemos, também, contribuir com a mesma intensidade, compromisso, lealdade e desenvoltura na defesa dos servidores públicos estaduais. É esse espaço que precisamos ocupar na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão. Sem se desvincular da luta paredista e atuando em duas frentes: na representação política e sindical.

Sabemos que na Assembleia Legislativa do Maranhão nossa defesa a favor dos funcionários públicos estaduais terá mais densidade, visibilidade e força, objetivando mais conquistas junto ao poder público, porque, naturalmente, é uma Casa Legislativa que tem por finalidade ecoar os anseios, desejos e sentimentos da sociedade maranhense. É o espaço político onde toda categoria objetiva ter seu representante para encaminhar e defender projetos de interesses da classe social representada.

Nas eleições de 2014 tivemos candidato ao cargo de deputado estadual, que obteve mais de 8 mil votos, mesmo lançando candidatura de última hora. Mais da metade desses votos foram dados por trabalhadores públicos estaduais, que compreenderam e tiveram consciência da necessidade de termos um ou mais representantes classistas/servidores no parlamento maranhense.

Nas próximas eleições, temos que nos mobilizar com antecedência, apostando em alguém do nosso meio, conhecido, que tenha contribuído na organização da luta e demonstrado, no dia a dia e ao longo dos anos, disposição, vontade política e compromisso em defesa dos interesses dos servidores e servidoras do Estado.

Na atual conjuntura, sabemos da dificuldade de realizar uma campanha por meio apenas do convencimento do eleitorado. Mas, na nossa situação específica, temos um diferencial em relação às demais candidaturas, que são as ações e a dedicação integral de liderança sindical do nosso meio, que não mede esforço quando se trata da defesa dos direitos de servidores e servidoras públicos do Estado.

A avaliação diária por parte do servidor sobre quem de fato coordena a luta e defende os interesses da categoria tem sido oportunizada, o que caracteriza mais um fator positivo na escolha do representante. Contudo, podemos ir além e fazer a diferença se cada servidor ou servidora chamar para si a responsabilidade de assumir a campanha eleitoral como se fosse sua. Obviamente levando em consideração sua compreensão política ou consciência de classe e o desejo e interesse de ser representado no parlamento maranhense por alguém de sua categoria, que possua sua confiança e que tenha credibilidade perante os trabalhadores.

Posto isso, temos a certeza de que só seremos vitoriosos se cada servidor(a) tiver a clareza quanto a importância de ter um representante da categoria na Assembleia Legislativa do Maranhão e abraçar essa causa.

Sua compreensão e contribuição poderá fazer muita diferença! Todo apoio que nos for dado será bem-vindo!

Cleinaldo Bil Lopes

Presidente

O Brasil caminha para a morte dos direitos trabalhistas

Companheiros e companheiras, vivemos tempos sombrios no Brasil. Nós, trabalhadores, temos visto, dia após dia, direitos historicamente conquistados com muita luta sendo desmerecidos e aniquilados pelas propostas do governo golpista e ilegítimo de Michel Temer.

A nossa maior preocupação, no momento, é com a aprovação pelo Congresso Nacional das reformas Previdenciária e Trabalhista. A primeira pretende acabar com a aposentadoria de milhões de brasileiros, propondo uma injustiça tamanha que muitos trabalhadores morreriam antes mesmo de conseguir se aposentar.

Já a reforma Trabalhista, apresentada sob a alegação de necessidade de “modernização” das relações de trabalho, altera a CLT em mais de 100 pontos. Um deles prioriza o negociado sobre o legislado, por meio de acordos individuais, em detrimento da lei e de acordos de convenções coletivas. Ou seja, o trabalhador seria subjugado e submetido à autoridade do patrão precarizando, assim, os contratos de trabalho.

É um completo desmonte aos direitos trabalhistas. Com a reforma da Previdência, algumas categorias serão especialmente prejudicadas, como os trabalhadores rurais, que convivem com difíceis condições de trabalho no campo, o que faz com que sua expectativa de vida seja mais baixa.

Outro ponto é a equiparação de idade para homens e mulheres. As aposentadorias e pensões também seriam afetadas, pois os reajustes seriam desvinculados do salário mínimo e não seria mais permitido acumular ambos os benefícios. Todos (com exceção dos militares) iriam trabalhar mais tempo para chegar à aposentadoria. E iriam receber muito menos.

No serviço público, o texto aprovado pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara Federal conseguiu ser pior do que a proposta original encaminhada por Temer, principalmente para quem ingressou antes de 2003. Para os futuros servidores, o texto aprovado fixa idades mínimas de aposentadoria de 62 anos para a mulher e 65 anos para o homem. O tempo mínimo de contribuição será de 25 anos. Já os atuais servidores serão submetidos a regras de transição conforme a data de ingresso no setor público.

Por isso, companheiros e companheiras, precisamos lutar para barrar esse conjunto perverso de medidas propostas por um governo que não foi eleito legitimamente pelo povo. Vamos às ruas fazer ouvir a nossa voz. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), instituição da qual o SINTSEP é filiado, juntamente com outras centrais e organizações populares estão nesta luta por um Brasil melhor e mais justo. Junte-se a nós nesta batalha que é de todos os trabalhadores brasileiros!

Cleinaldo Bil Lopes
Presidente do SINTSEP

 

Juntos somos mais fortes!

Começamos o ano de 2017 com a realização do I Seminário do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo do Maranhão. Reunimos, no Auditório da OAB-MA, servidores e representantes das entidades que compõem o Fórum para debater a implantação da segunda etapa do Plano Geral de Carreiras e Cargos (PGCE), bem como a reposição da inflação dos anos de 2014, 2015 e 2016.

Tivemos como palestrante o consultor e ex-secretário de Gestão e Previdência, Fábio Gondim, que apresentou e explicou todos os pontos da proposta de implantação do PGCE, que foi aprovada pelos servidores e protocolada na Casa Civil. Ficamos satisfeitos por termos contado, naquele momento, com o apoio e a participação dos servidores nessa que é uma luta de todos nós.

Há pouco mais de um ano lutamos pelo reajuste dos servidores e servidoras do nosso estado. Temos esbarrado na intransigência do Executivo em reconhecer esse que é um direito garantido, constitucionalmente, a todos os trabalhadores do funcionalismo público.

Recentemente, a Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou um projeto de lei, de autoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que concede reajuste salarial de 6,3% a todos os servidores públicos do Maranhão, com efeito retroativo a 1º de janeiro de 2017.

Inicialmente, o TCE havia proposto um reajuste de 10,67% apenas aos servidores efetivos da carreira de especialista do órgão. Contudo, a matéria sofreu alteração após aprovação de uma emenda modificativa, de autoria do deputado Fábio Braga (SD), adaptando o percentual e estendendo a toda esfera do funcionalismo público do Estado.

Até esta publicação, o projeto ainda não havia sido sancionado, mas estamos atentos e vigilantes quanto à sanção da matéria. Não sabemos se o governador Flávio Dino utilizará de manobras políticas para conceder o reajuste apenas aos servidores do TCE. Caso o faça, estamos prontos para garantir na Justiça que a revisão salarial se estenda a todos os servidores públicos do Maranhão.

Companheiros e companheiras, não temos dúvidas de que essa é uma luta árdua e entendemos a aflição dos nossos filiados e filiadas quanto à efetivação do pleito. Ressaltamos que, ainda que o reajuste seja garantido, não devemos parar por aí. Continuaremos lutando pela implantação da segunda etapa do PGCE e por uma política de valorização efetiva dos servidores.

Pedimos o apoio de cada companheiro e companheira em nossas próximas mobilizações. Vocês são os protagonistas e a razão maior de nossa luta. O SINTSEP reassegura o seu compromisso em estar sempre ao lado de sua base, trabalhando para garantir que os direitos dos servidores públicos do Maranhão sejam respeitados e atendidos!

Cleinaldo Bil Lopes
Presidente do SINTSEP

Em 2017, a luta continua!

Em 2016, o Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo iniciou uma série de mobilizações em prol do reajuste salarial dos servidores públicos do Maranhão, bem como da continuidade do Plano Geral de Carreiras e Cargos (PGCE), implantado em 2012 durante o governo Roseana Sarney. Acreditamos que a nova gestão, capitaneada pelo governador Flávio Dino, não fecharia os olhos para as demandas do funcionalismo público estadual, nem tampouco ignoraria um direito básico dos servidores, que é o reajuste anual dos vencimentos. Mas, não foi o que aconteceu.

Tentamos o diálogo, protocolamos ofícios na Casa Civil, fizemos várias campanhas e convocamos os servidores para uma grande mobilização na Praça Deodoro. Apesar de todo o esforço, foram poucas as respostas do Executivo, que sequer iniciou a implantação da segunda etapa do PGCE, congelando as tabelas de vencimentos nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019. Sem levar em consideração o índice inflacionário registrado em 2015, que foi de 10,64%, ou seja, em 2016 não tivemos nem a reposição da inflação do ano anterior. Isso significa que vamos iniciar o ano de 2017 com o nosso salário valendo bem menos que em 2015, quando foi implantada a última tabela de vencimento da primeira etapa do Plano de Cargos.

O Fórum encomendou, inclusive, um estudo de impacto financeiro, que comprovou a viabilidade do reajuste salarial tanto para o ano de 2016, quanto para os três anos subsequentes. A peça, elaborada por Fábio Gondim, ex-secretário de Gestão e Previdência e formulador da primeira etapa do PGCE, apresentou uma margem de segurança, adotando projeções bem inferiores às do próprio Governo do Estado, publicadas nos projetos e leis de diretrizes orçamentárias, bem como de leis orçamentárias anuais.

Concluiu-se, por fim, que há margem para aumento da despesa de pessoal no Estado do Maranhão quando se considera os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Essa margem pode ser utilizada tanto para aumento de efetivo, por meio da contratação de novos servidores, quanto para o aumento da remuneração dos servidores existentes.

Falta, então, apenas vontade política por parte do governador Flávio Dino, que responsabiliza e culpa a crise econômica que afeta o país, mas não enxuga as despesas da máquina administrativa, penalizando os servidores públicos efetivos, que veem, dia após dia, o seu poder de compra diminuir.

Por isso, companheiros e companheiras, reafirmamos o nosso compromisso em continuar com essa luta em 2017. Não admitimos que os direitos dos servidores públicos do Estado sejam negligenciados ou postos de lado como algo de pouca importância. Ressaltamos que não somos contra o Governo, mas a favor dos servidores!

Em 2016, o SINTSEP completou 28 anos de lutas e conquistas e assim seguiremos. Acreditamos que ainda há esperança que o governador se sensibilize, haja vista o seu passado de militância na esquerda e embasada nas causas sociais e dos trabalhadores. O PGCE é uma conquista histórica para a classe e tem que continuar.

Em 2017 temos que intensificar a luta e, por isso, conclamamos os servidores a se manterem mobilizados e assim fortalecer ainda mais o nosso pleito. Contamos com o apoio de toda a nossa base para ganharmos mais essa batalha, pois o sindicato é feito por todos aqueles que o compõem. O seu direito, servidor (a), é a nossa principal bandeira. Avante!

Cleinaldo Bil Lopes

Presidente do SINTSEP

O SINTSEP tem lado: o dos servidores!

Na reunião que as centrais sindicais e as entidades de classe que fazem parte do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo tiveram com o governador, no Palácio dos Leões, Flávio Dino foi categórico ao afirmar que a arrecadação do tesouro estadual tinha diminuído e que diversos estados estavam pagando seus funcionários com atraso e, em alguns casos, parcelando os vencimentos. Ele também disse que, enquanto a economia do estado não se recuperar, não haverá reajuste para os trabalhadores neste ano e nos outros seguintes.

Ficamos perplexos com o posicionamento do governador, que friamente rechaçou, no mínimo, a recomposição do poder de compra dos servidores, levando em conta que a inflação de 2015 foi de 10,67%. Por outro lado, ele se vangloriou ao afirmar que o Maranhão era um dos poucos estados do Brasil que estava pagando em dias, como se isto fosse um favor que o governo fazia aos seus trabalhadores e não uma obrigação, um dever do Executivo.

E agora, servidor(a), o Governo do Estado interrompeu/acabou com o nosso tão sonhado Plano Geral de Carreiras e Cargos – PGCE, quando não deu seguimento ou congelou as tabelas de vencimentos nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019, que na sua primeira etapa vigorou de 2012/2015. E o pior disso tudo é que, para o Governo do Estado, nós somos os culpados da elevação na folha de pagamento de pessoal da máquina pública estadual, porque nossos salários, com a instituição da primeira etapa do PGCE, estão acima dos pagos pelo mercado, o que justificaria a não continuidade do Plano de Cargos.

O que nós não compreendemos é a postura do Governo do Estado em reclamar dos servidores e da crise econômica que atravessa o país, quando percebemos o inchaço na folha com a ocupação de cargos comissionados, contratados, terceirizados e estagiários. Comparados com os governos anteriores, são números absolutamente maiores e em excesso, aparentando apadrinhamento político e aparelhamento do estado com um quadro de pessoal, na sua maioria, contratado sem preparo e qualificação para ocuparem a função pública.

O que também nos deixa bastante inquietos e indignados é que em 2013 a Receita Corrente Líquida do Maranhão cresceu apenas 2,76% ao ano, e a governadora Roseana Sarney, após gestão do sindicato, implantou o valor da tabela de vencimento do Plano de Cargos em sua totalidade. Em 2016, nos oito primeiros meses, a Receita Corrente Líquida registra um crescimento de 6,45%, e mesmo assim o governador Flávio Dino não instituiu a segunda etapa do PGCE e nem reajustou o salário dos funcionários, culpando a crise econômica que o Brasil atravessa.

Parece que há uma falta de vontade política do governador quando se trata de valorizar os servidores efetivos e a política salarial destes, priorizando os afilhados políticos em cargos comissionados ou contratados.

Queremos reafirmar que não somos contra o Governo do Estado, como não fomos opositores dos governos anteriores. Mas, é importante frisar para que fique bem claro que temos um lado e nos posicionaremos sempre a favor do servidor. O SINTSEP sempre lutou e defendeu os interesses dos funcionários, independente da cor partidária dos governantes.

Sempre que os direitos dos trabalhadores públicos estaduais forem ameaçados ou prejudicados, não tenham dúvidas, estaremos juntos lutando pela valorização do trabalhador e do serviço público com qualidade e pelo respeito ao seu direito.

Cleinaldo Bil Lopes
Presidente do SINTSEP

Será que éramos felizes e não sabíamos?

A Lei 9.644, de 17 de julho de 2012, criou o Plano Geral de Carreiras e Cargos – PGCE, após longos anos de negociação com os diversos gestores que passaram pelo Governo do Estado do Maranhão. Foi uma batalha árdua travada entre servidores e gestores públicos estaduais, muitos deles sem nenhum compromisso com o serviço público estadual, que viam os servidores como um entrave para seu governo por entenderem que trabalhador público é sinônimo de despesas e, consequentemente, tratavam os funcionários públicos com desprezo.

Esses governantes, em suas posturas arrogantes, pouco fizeram para mudar a realidade do servidor público estadual no que tange à política salarial da categoria. Apesar desses administradores não olharem os funcionários como oposição a sua administração, ainda assim jamais contribuíram para melhorar o ambiente e condições de trabalho do funcionário, bem como valorizar o salário da grande maioria dos servidores. Por outro lado, sempre existiu um grupo de apadrinhados políticos em cargos comissionados, em grande número, sem qualificação profissional para exercerem cargos públicos. Muitos deles nem apareciam no local de trabalho, mas recebiam os melhores salários.

Essa prática de empreguismo no serviço público estadual do Maranhão sempre foi uma constante, independente se o governo era de direita ou esquerda. Suas medidas objetivavam prejudicar a renda do funcionário público estadual, com adoção de medidas que iam desde o congelamento e atrasos de salário, até a retirada de adicionais e gratificações, instituição do abono salarial e da política do subsídio.

Para justificar essas decisões, o Governo do Estado sempre usava como desculpas a crise e a dificuldade financeira. Mas, jamais usou de transparência para permitir o acesso do sindicato às informações da arrecadação do tesouro estadual, como se não fosse pública e obrigatória a sua publicação. Quando partíamos para protestar com manifestações ou greves, éramos recibos pela polícia com spray de pimenta, cassetetes e balas de borrachas.

As portas do Palácio dos Leões, com raras exceções, estavam sempre fechadas para o sindicato pelo simples fato de resistirem a nossa representatividade sindical. Legitimidade eles sabiam que nós tínhamos, entretanto procuravam evitar negociar com o sindicato as reivindicações de interesse da categoria.

Toda essa retrospectiva é para alertar o servidor que, com o novo governo, pensávamos que tudo fosse ser diferente, mas não é. O SINTSEP e o Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo Estadual por diversas vezes solicitaram agendamento de reunião com o governador Flávio Dino, para tratar de pautas de interesse dos trabalhadores públicos estaduais. Porém, não tivemos respostas. Como somos sindicato do Poder Executivo, faz-se necessária uma reunião específica para tratar de temas peculiares a nossa categoria, como implantação da segunda etapa do PGCE, criação da data-base, reajuste salarial, concurso público e outros.

Entendemos que, após a instituição da primeira etapa do plano de cargos, não seriam tantas as dificuldades para implementação da segunda etapa, já que esse deveria ser um processo contínuo e que não mais teríamos grandes preocupações com a política salarial dos trabalhadores públicos estaduais, pois acreditávamos que os governadores seguintes dariam seguimento ao PGCE. Contudo, com quase dois anos de governo, Flávio Dino ainda não disse ao servidor qual política salarial que criará para a categoria.

É urgente o reajuste salarial para recompor a inflação de 2015, na casa de 10,67%, para que possamos recuperar parte do nosso poder de compra corroído pela inflação e pelo congelamento dos nossos salários.

Esperamos, Senhor Governador, que não seja necessário acreditar que antes éramos felizes e não sabíamos! Por que até o momento a mudança ainda não chegou para os funcionários públicos estaduais do Maranhão. Pelo contrário, todos os avanços na questão salarial, alcançados no governo da Roseana Sarney, estão ameaçados caso o governo não dê prosseguimento à segunda etapa do Plano Geral de Carreiras e Cargos do Poder Executivo Estadual do Maranhão!

Cleinaldo Bil Lopes
Presidente do SINTSEP