NADA A COMEMORAR: Servidores amargam quase dez anos de defasagem salarial

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O governador Carlos Brandão não se reuniu com o Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo e tem demonstrado falta de interesse nas demandas do funcionalismo público estadual.

Neste mês de outubro, ao celebrarmos o Dia do Servidor Público, os servidores do Maranhão enfrentam uma realidade desalentadora. Após quase dez anos de silêncio e desvalorização, a categoria continua sem perspectivas de melhorias. O governador Carlos Brandão não se reuniu com o Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo e tem demonstrado falta de interesse nas demandas do funcionalismo público estadual.

De acordo com o último Relatório de Gestão Fiscal da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan), o gasto com despesas de pessoal de janeiro a agosto deste ano correspondeu a apenas 32,61% da Receita Corrente Líquida (RCL), podendo atingir até 49% (o limite máximo) caso o governador opte por conceder reajuste.

Ademais, a RCL apresentou um crescimento de 20,95% no segundo quadrimestre de 2024, indicando que o Estado do Maranhão desfruta de uma situação financeira favorável.

Um relatório do Dieese ressalta que, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal e nos dados apresentados, havia, em agosto de 2024, a possibilidade de um reajuste de até R$ 3,9 bilhões para despesas com pessoal, sem ultrapassar o limite prudencial. Isso representaria um aumento de até 42,7% em relação aos valores atuais. Considerando o limite máximo, o reajuste poderia alcançar 50,2%, ou R$ 4,6 bilhões.

“Nós, do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo, solicitamos que o Governo do Estado antecipe o pagamento integral dos 11% de reajuste até o final deste ano, atualmente pagos de forma escalonada, onde o parcelamento se estende até o final deste governo. Temos buscado o diálogo, mas não obtivemos resposta”, declara Cleinaldo Bil Lopes, presidente do SINTSEP e coordenador do Fórum.

Outro ponto amplamente reivindicado pelos servidores é a implementação da segunda etapa do Plano Geral de Carreiras e Cargos (PGCE), bem como a reabertura da primeira etapa para novas adesões, beneficiando aqueles que não puderam participar anteriormente. Muitos servidores dependem de complementos de abono para evitar receber abaixo do salário mínimo.

“Anualmente, enviamos ao Governo do Estado uma pauta unificada com as principais demandas do serviço público do Maranhão. Esse documento visa instigar o Executivo a abrir o diálogo com as entidades de classe, para tratarmos das questões que afligem os servidores. Merecemos respeito e reconhecimento, pois são os servidores que fazem a máquina pública funcionar”, conclui Cleinaldo Bil Lopes.

Confira os 30 itens que constam na pauta de reivindicações unificada

– Criação de data-base em lei para todos os servidores públicos, estabelecendo-se os procedimentos de negociação, entre eles sua abertura com 30 dias antes de sua data limite, que será utilizada para a revisão geral anual, prevista no art. 37, X, da Constituição Federal (reposição da inflação) e bem assim para reajustes específicos (aumento real);

– Criação de mesa de negociação permanente, composta paritariamente entre representantes dos trabalhadores e do governo;

– Reposição das perdas salariais da tabela de vencimento do PGCE;

– Reabertura da adesão ao PGCE;

– Concurso público para todas as áreas de atuação do Estado;

– Pagamento integral do percentual do Piso Salarial do Magistério;

– Suspensão do processo de demissões dos funcionários da empresa Maranhão Parcerias (MAPA);

– Indenização de transporte: visa repor o dispendido pelo servidor para desempenhar suas funções, no importe de R$ 600,00 e com atualização pelo índice oficial da inflação;

– Indenização de alimentação: visa repor o dispendido pelo servidor, à título de alimentação, no importe 10% sobre o valor da remuneração, com piso mínimo de 800,00 e atualização pelo índice oficial da inflação;

– Indenização de saúde: valor concedido ao servidor para fazer face aos seus gastos com saúde, no importe de R$ 600,00 e com atualização pelo índice oficial da inflação;

– Indenização de moradia: auxílio a ser pago ao servidor, em percentual de 15% sobre sua remuneração;

– Auxílio-creche: benefício de R$ 400,00 por mês para o servidor/servidora que tiver filho ou adotá-lo até a idade de cinco anos, com atualização pelo índice oficial da inflação;

– Seguro de vida: benefício para o pagamento de prêmio ao dependente do servidor quando de sua morte;

– Pagamento imediato, quando solicitado, da licença-maternidade e auxílio-funeral;

– Licença paternidade de 30 dias;

– Revogação do dispositivo de lei que condiciona a adesão ao PGCE à assinatura de renúncia do percentual;

– Extensão e inclusão do adicional de qualificação, para todas as carreiras, em 10% para graduação, 15% para especialização, 20% para mestrado e 30% para doutorado, com direito a incorporação para a aposentadoria;

– Preenchimento de 70% dos cargos comissionados por servidores efetivos;

– Reajuste das funções gratificadas e dos cargos comissionados;

– Gratificação de insalubridade, hora-extra e adicional noturno, usando-se como base de cálculo a remuneração do servidor;

– Salário família no importe de 10% do menor vencimento do Estado, por filho;

– Manutenção da gratificação de condição especial de trabalho, nos moldes anteriores ao PGCE;

– Gratificação técnico-científica, em valores máximos idênticos para todos os servidores;

– Que o governo trate os níveis fundamental, médio, técnico e superior, de acordo com o grau de responsabilidade de cada um, evitando grandes distorções de vencimentos e subsídios;

– Que o repasse da contribuição social da entidade classista seja feito no mesmo dia do pagamento do servidor público;

– Implantação imediata do abono de permanência no contracheque do servidor quando estiver apto para a aposentadoria e continuar na atividade, bem como o pagamento da diferença deste (acumulado);

– Maior agilidade nos trâmites do processo de aposentadoria dos servidores aptos que solicitarem;

– Que seja encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão um Projeto de Lei regulamentando a aposentadoria dos Policiais Penais e agentes socioeducativos;

– Que seja ampliada a meta nos atendimentos e procedimentos de saúde na prestação do serviço do Funben, devido ao aumento significativo da demanda;

– Que o Governo do Estado faça regularmente o repasse de sua contrapartida para o Funben, evitando, assim, atraso recorrente no pagamento, impossibilitando, dessa forma, o risco de descontinuidade na prestação do serviço de saúde pela empresa.

Fórum de Defesa das Carreiras encaminhará pauta de reivindicações unificada ao governador Carlos Brandão

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Como todos os anos, o documento tem como objetivo provocar o Executivo a abrir o diálogo com as entidades de classe sobre as demandas dos servidores, principalmente, em relação às perdas salariais.

O Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo encaminhará ao governador Carlos Brandão a pauta de reivindicações unificada com as principais demandas do serviço público do Maranhão. Como todos os anos, o documento tem como objetivo provocar o Executivo a abrir o diálogo com as entidades de classe sobre as demandas dos servidores, principalmente, em relação às perdas salariais.

Em janeiro de 2022, completaram oito anos do congelamento da tabela de vencimento do Plano Geral de Carreiras e Cargos (PGCE). Após muita reclamação e insatisfação por parte dos servidores, o Governo do Estado concedeu reajustes diferenciados para grupos ocupacionais, chegando, no geral, até 9%, dividido de duas vezes. Em seguida, veio o reajuste escalonado em 11%, com a primeira parcela paga em janeiro deste ano (2,5%).

Só para se ter uma ideia, levando em consideração esses dois últimos reajustes, de janeiro de 2015 a janeiro de 2024 a menor perda nas carreiras do Executivo corresponde a 56,39%. Segundo o Relatório de Gestão Fiscal publicado pela Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan), o crescimento da Receita Corrente Líquida de 2023 foi de 4,06%, além de apontar que a situação financeira do Maranhão é estável e melhor do que em muitos estados da federação.

Segundo Cleinaldo Bil Lopes, presidente do SINTSEP e coordenador do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo, o que falta é boa vontade por parte do governo em chamar as entidades de classe para debater a política salarial dos servidores.

“Se o governo quisesse trabalhar novamente o PGCE dava para fazer sem nenhum prejuízo, até porque os percentuais de reajuste seriam de ano em ano, e não de uma vez. Não entendemos por qual motivo o Governo do Estado abandonou o PGCE, que era uma política salarial controlada pela situação fiscal do Estado. Na pior das hipóteses, o governo poderia repor a inflação do período. Ou seja, o que falta é boa vontade por parte do governo em chamar o Fórum para debater a política salarial dos servidores”, completou.

Ele afirmou ainda que as entidades não são contra nenhum governo, mas a favor dos servidores e que qualquer iniciativa que promova benefícios à categoria terá o apoio do Fórum.

“O governo não pode ver as entidades de classe como adversários. Não defendemos política de terra arrasada, por entendermos que devemos ter responsabilidade com as ações do estado. O que for contra os interesses dos servidores, nós sempre iremos falar”, assinalou Cleinaldo Bil Lopes.

CAMPANHA SALARIAL: SINTSEP solicita inclusão da recomposição salarial dos servidores do Estado na LDO 2024

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O SINTSEP encaminhou ofício ao secretário de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan), Vinícius Ferro Castro, solicitando que o Governo do Maranhão garanta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2024, que será encaminhada à Assembleia Legislativa, a recomposição salarial dos servidores públicos do Estado.

No documento, o SINTSEP reforça que, ao longo dos últimos oito anos, os servidores já acumulam 56,29% de perdas salariais. O sindicato também já tentou, por inúmeras vezes, ter um diálogo com o Poder Executivo sobre a política salarial dos servidores, mas nenhuma das solicitações de reunião foram atendidas.

“Enquanto isso, os servidores veem, a cada dia, o poder de compra diminuindo, os salários sendo corroídos pela inflação e sem qualquer perspectiva de mudança desse cenário. Iniciamos a nossa campanha salarial e esperamos que, desta vez, o governador Carlos Brandão tenha sensibilidade e reconheça a importância daqueles que fazem a máquina pública funcionar”, afirmou Cleinaldo Bil Lopes, presidente do SINTSEP e coordenador do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo.

O SINTSEP manifesta ainda total apoio à greve dos professores da Uema e Uema Sul, que também estão na luta pelo reajuste salarial e por mais diálogo com as entidades representativas.

Seguiremos pressionando e contamos com o apoio de todos os servidores públicos estaduais nesta luta que já se arrasta há tanto tempo. Precisamos ser ouvidos e, acima de tudo, valorizados. Vamos em frente!

Clique aqui e confira a íntegra do ofício!

CAMPANHA SALARIAL 2023: servidor abandonado, salário defasado e governador calado!

Reajuste já!

Perdas salariais dos servidores públicos do Maranhão chegam a 56,29% ao longos dos últimos oito anos.

Imagine viver com um salário que não consegue suprir suas necessidades básicas do dia a dia? Essa é a realidade dos servidores públicos do Maranhão, que estão há oito anos com os salários defasados, chegando a 56,29% de perdas ao longo desse período.

Além disso, apesar das inúmeras tentativas das entidades representativas, por meio do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo, nem o ex-governador Flávio Dino e, agora, nem o governador Carlos Brandão abriram o diálogo com a categoria para tratar sobre a política salarial daqueles que fazem a máquina pública funcionar.

No ano passado, após muita reclamação e insatisfação por parte dos servidores, o Governo do Estado concedeu reajustes diferenciados para grupos ocupacionais chegando, no geral, até 9%, percentual que foi dividido em duas vezes.

Também são oito anos de defasagem da tabela de vencimento do Plano Geral de Carreiras e Cargos (PGCE), com mais de 4 mil servidores fora do plano e ainda mais prejudicados, pois não aderiram à época.

Segundo Cleinaldo Bil Lopes, presidente do SINTSEP e coordenador do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo, durante esse período houve uma diminuição significativa do poder de compra e desvalorização da renda dos servidores do Poder Executivo.

“Se deduzimos os 9% do reajuste concedido no ano passado, as perdas diminuem levemente, mas não é o suficiente. Esperamos que o governador Carlos Brandão tenha sensibilidade e se coloque aberto ao diálogo com as entidades, pois esse é um assunto urgente e necessário”, afirmou.

Pauta

Entre os itens constante da pauta unificada de reivindicações estão a criação da data-base e da mesa de negociação permanente, composta paritariamente entre representantes dos trabalhadores e do governo.

Também pedimos a reposição das perdas salariais da tabela de vencimentos do PGCE, bem como a reabertura da adesão ao Plano, a realização de concurso público para todas as áreas de atuação do Estado, entre outras demandas do funcionalismo público do Maranhão.

Fórum de Defesa das Carreiras reitera pedido de reunião com o governador Carlos Brandão

O Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo enviou mais um ofício ao governador Carlos Brandão (PSB), reiterando o pedido para que seja agendada uma reunião com as entidades para tratar da recomposição salarial dos servidores públicos do Estado. O primeiro ofício foi encaminhado no dia 3 de março, mas o Fórum não obteve resposta.

No documento, o Fórum de Defesa das Carreiras ressalta que a média das perdas salariais dos servidores do grupo ocupacional com menor percentual corresponde, até fevereiro de 2022, a 51,95%.

Sem título

De acordo com o Relatório de Gestão Fiscal publicado pela Secretaria de Planejamento (Seplan), em janeiro de 2023, a despesa total de pessoal correspondeu a 32,33% e a receita corrente líquida teve um crescimento de 21,35% no ano de 2022.

Segundo Cleinaldo Bil Lopes, presidente do SINTSEP e coordenador do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo, os dados reafirmas que a situação financeira do Estado do Maranhão anda muito bem há anos.

“Neste sentido, não entendemos o motivo de o Governo do Estado ter congelado o Plano Geral de Cargos e Carreiras (PGCE) e continuar indiferente com a política salarial dos servidores, observando-se que não houve, pelo menos, a preocupação de reposição das perdas inflacionárias”, ressalta.

>Confira a íntegra do ofício<

Audiência pública debaterá projeto de lei sobre a criação da Mesa de Negociação Permanente e data-base

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O Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo convida os servidores públicos do Maranhão a participarem, nesta sexta-feira (28), da audiência pública que debaterá o projeto de lei que propõe a criação da Mesa de Negociação Permanente e a fixação da data-base. O evento será realizado no Plenarinho da Assembleia Legislativa, a partir das 15h30, com a presença das entidades sindicais e autoridades.

A iniciativa é do deputado Wellington do Curso (PSC), autor do projeto de lei que dispõe sobre a criação do Programa de Negociação Coletiva Permanente (PRONEC) e fixação de data-base de revisão salarial anual para os servidores públicos maranhenses.

A proposta foi apresentada e discutida pelo parlamentar junto aos representantes do Fórum de Defesa das Carreiras, para que se chegasse a um projeto enxuto e que atendesse às expectativas dos servidores.

Segundo Cleinaldo Bil Lopes, presidente do SINTSEP e coordenador do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo, é fundamental que todos participem das discussões, ampliando o debate e a mobilização para que os pleitos sejam atendidos.

“Contamos com a presença de todos para que, juntos, possamos discutir o projeto, que é de interesse de todos os servidores públicos do Maranhão. Na ocasião, também vamos debater outros temas de interesse da categoria, como a pauta de reivindicações já encaminhada ao governador Carlos Brandão com as demandas do serviço público do Estado”, afirmou.

Assembleia aprova PL que altera cargos do Grupo Ocupacional de Apoio à Administração Fazendária

Plenário

A Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, na sessão plenária desta quarta-feira (12), o Projeto de Lei 068/2023, de autoria do Poder Executivo, que altera e atualiza atribuições e responsabilidades de cargos do Grupo Ocupacional de Apoio à Administração Fazendária (GAAF), no âmbito do Plano Geral de Carreiras de Cargos (PGCE) dos servidores do Poder Executivo. A matéria seguiu para sanção governamental.

As alterações consideram manifestações técnicas da Secretaria de Estado da Gestão, Patrimônio e Assistência dos Servidores (Segep) no que tange à arquitetura dos cargos, bem como atualiza as atribuições e responsabilidades dos cargos de Analista Fazendário, Assistente Técnico Fazendário, Técnico em Telecomunicação Fazendário (extinto a vagar), Auxiliar Administrativo Fazendário, Datilógrafo Fazendário (extinto a vagar), Auxiliar de Serviços Fazendário (extinto a vagar), Telefonista Fazendário (extinto a vagar) e Agente de Saúde Pública Fazendário (extinto a vagar).

O projeto não implica no aumento da despesa com pessoal, na medida em que são preservados os valores de vencimentos previstos na Lei nº 11.629/2021, que dispõe sobre a tabela de vencimento-base do GAAF.

>>>Clique aqui e confira a íntegra do projeto de lei<<<

Fórum de Defesa das Carreiras cobra implantação da segunda etapa do PGCE e reabertura para novas adesões

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Mais de 4 mil funcionários do serviço público do Maranhão estão fora do PGCE.

Como parte das reivindicações do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo do Maranhão, a entidade voltou a cobrar do Governo do Estado a implantação da segunda etapa do Plano Geral de Carreiras e Cargos (PGCE), bem como a reabertura do prazo para novas adesões. Essas pautas também constam no ofício encaminhado ao governador Carlos Brandão.

Mais de 4 mil funcionários do serviço público do Maranhão estão fora do PGCE. Os servidores que não aderiram estão, em comparação aos outros do mesmo cargo ou grupo ocupacional que fizeram a adesão, com o salário-base bem abaixo da tabela remuneratória do Plano, recebendo como vencimento o valor do salário mínimo atual, ou seja, R$ 1.032,00.

É importante frisar que a maior parte dos servidores que não optaram pelo PGCE são funcionários aptos ou próximos da aposentadoria e não desejam ir para a inatividade antes de fazer a adesão e terem seus salários atualizados.

Segundo Cleinaldo Bil Lopes, presidente do SINTSEP e coordenador do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo, essa é uma demanda da categoria desde 2015. “Os servidores não podem ser penalizados por uma opção de política salarial equivocada no passado, tendo em vista que eles são os únicos funcionários no serviço público estadual que possuem vencimentos de valor igual ao salário mínimo nacional”, afirma.

Segunda etapa

Já a implantação da segunda etapa do PGCE é o maior pleito atualmente dos servidores do Estado, uma vez que define as tabelas de vencimentos dos servidores abrangidos pelo Plano. O Fórum de Defesa das Carreiras demonstrou em vários estudos a viabilidade da implantação da nova etapa, sem comprometer as finanças do Estado. A iniciativa também permitiria a abertura para novas adesões.

“O Fórum acredita na boa vontade do governador Carlos Brandão, na certeza de que ele reconhecerá a importância de se ter uma política salarial de valorização dos servidores. Por isso, solicitamos a abertura do diálogo com as entidades representativas”, assinala Cleinaldo Bil Lopes.

Clique aqui e confira a pauta completa de reivindicações

Fórum de Defesa das Carreiras defende criação da data-base e da Mesa de Negociação Permanente

A criação da data-base e da Mesa de Negociação Permanente são duas das principais reivindicações apresentadas pelo Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo ao governador Carlos Brandão, no ofício encaminhado no dia 17 de março. A pauta apresentada consta 30 itens fundamentais para a categoria dos servidores públicos do Maranhão. Até o momento, as 14 entidades que compõem o Fórum ainda não foram convidadas pelo governador para a reunião solicitada.

A data-base é o período do ano em que patrões e empregados, representados pelos sindicatos, se reúnem para repactuar os termos dos seus contratos coletivos de trabalho. No Maranhão, o Fórum de Defesa das Carreiras pede a criação da data-base em lei para todos os servidores públicos do Estado, estabelecendo-se procedimentos de negociação, entre eles a sua abertura com 30 dias antes da data limite, que será utilizada para revisão geral anual, prevista no art. 37, X, da Constituição Federal (reposição da inflação) e bem assim para reajustes específicos (aumento real).

Segundo Cleinaldo Bil Lopes, presidente do SINTSEP e coordenador do Fórum, a criação da data-base é um sonho antigo dos servidores, pois simboliza um compromisso do Governo do Estado com a política salarial do funcionalismo público do Maranhão.

“A data-base é importante, porque ela simboliza uma data em que o Governo do Estado terá o compromisso de anunciar ou não o reajuste do salário dos servidores. A maior parte dos Estados já possui. Não necessariamente ter a data-base significa dizer que o Governo do Estado vai dar reajuste. Mas, com certeza, ela simboliza uma conquista para os servidores, pois gera uma expectativa positiva e, de certa forma, acaba pressionando os gestores a se manifestarem em relação à política salarial”, afirma.

Já a Mesa de Negociação Permanente é um instrumento de diálogo, composta paritariamente entre representantes dos servidores e do Governo do Estado, para discutir as demandas do serviço público. “A qualidade do serviço público passa pela valorização dos seus servidores. É fundamental que nossas demandas sejam ouvidas e que haja o diálogo permanente”, ressalta Cleinaldo Bil Lopes.

Clique aqui e confira a pauta completa de reivindicações

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